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Materiais coletados em cratera misteriosa na Bahia serão analisados na Alemanha

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ateriais coletados na cratera que se abriu misteriosamente perto de uma vila do município de Vera Cruz, Ilha de Itaparica, na Bahia, serão analisados por cientistas na Alemanha, com a finalidade de determinar as causas da formação do buraco. A cratera fica no meio de uma mata nativa na localidade de Matarandiba e está a cerca de 1 km do local onde vivem os moradores.

De acordo com a Dow Química, responsável pela área onde a cratera surgiu, o que será feito no país europeu é o estudo geomecânico do buraco, que consiste na análise de dados geológicos que serão modelados em um software de alta precisão para avaliar o estresse do subsolo e entender a origem da erosão.

A Dow utiliza a região para extração de salmora, uma mistura de água e sal usada na fabricação de produtos químicos – a salmora é retirada em seis poços a uma profundidade de 1,2 mil metros.

O material foi enviado na última sexta-feira (15) para o Instituto de Geomecânica da Alemanha. A previsão é que o resultado saia em quatro a seis meses.

Fonte: Expressão MS

Cratera está a 1,1 km da localidade de Matarandiba (Foto: Divulgação/Dow Química)
A mais recente medição, realizada pela empresa em 8 de junho, mostrou que a cratera tem 71,7 metros de comprimento por 29,7 metros de largura e profundidade é 45,4 metros. A medida representa um crescimento de 2,7 metros no comprimento do buraco, enquanto a largura permanece praticamente inalterada. A erosão foi descoberta pela própria empresa há 22 dias, durante um trabalho de rotina.

A empresa diz que trata-se de um fenômeno geológico conhecido como “vazio subterrâneo”. Afirma que o aumento do comprimento da cratera é esperado, uma vez que, sob o ponto de vista técnico, a tendência é que materiais localizados nas bordas caiam na cratera. Por outro lado, isso faz com que a profundidade diminua.

Ainda de acordo com a Dow, uma equipe de especialistas está estudando a cratera, chefiada por um geólogo norte-americano da Dow. A empresa informou ainda que, além do estudo geomecânico, está atuando em outras duas frentes para apurar a causa da erosão e avaliar a eventual possibilidade de novas ocorrências:

Dados de satélites de alta resolução: tecnologia que permite monitorar e resgatar o histórico de movimentações do solo de toda a região da ilha com nível de precisão milimétrica, o que permite identificar qualquer variação no solo da região. Isso permitirá determinar a data que a cratera começou a surgir.

Microssísmico: instalaçâo de micro-sensores para monitorar qualquer movimentação horizontal ou vertical e qualquer eventual possibilidade de novas ocorrências.
Precaução
Para evitar acidentes, foi isolada uma área de 30 metros de distância da borda da erosão. A Dow diz que uma barreira física maior está sendo construída com o suporte da Defesa Civil e Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Além disso, placas indicativas de perigo foram instaladas e um segurança foi posicionado para evitar que pessoas ultrapassem a barreira.

A Dow destacou que posssui operações na Bahia desde a década de 60 e que não houve nenhum registro de danos ao meio ambiente devido à sua operação. Afirma que a cratera está há mais de 200 metros de um poço que está fora de operação desde 1985 e que, portanto, há mais de 30 anos nenhuma atividade foi realizada no local.

Hipóteses
O geofísico, geólogo e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Marcos Botelho diz que ainda é cedo para cravar o que provocou o surgimento da cratera, mas diz que, em sua opinião, há duas hipóteses.

A primeira delas é que um fluxo de água subterrâneo fez com que, ao longo dos anos, os sedimentos da superfície fossem arrastados, o que fez surgir uma cratera. Outra hipótese é que uma falha natural já existente no local pode ter sido acentuada em decorrência da exploração da Dow no espaço.

“Isso não aconteceu de uma hora para outra, não foi de uma vez. A craetra se formou aos poucos e ninguém percebeu. É possível que tenha sido em decorrência de uma falha, de origem ainda desconhecida. Essa falha é como se fosse uma rachadura na parede, uma infiltração. Fluidos passam por essa fraturas entre as camadas de rochas como o arenito, que é a rocha da ilha, e aí podem surgir cavernas como essa”, destaca.

A previsão é que os resultados dos estudos para descobrir as causas da erosão saiam em até quatro meses.

A Dow destacou que a comunidade e órgãos competentes têm sido periodicamente informados sobre a erosão e sobre as providências da empresa. A pedido da comunidade, uma linha direta de acesso, via WhatsApp, foi providenciada para que a comunidade possa contatar diretamente a empresa.

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