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PM quer inserir programa “Mulher Segura” em Três Lagoas

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Em breve, Três Lagoas deve aderir ao projeto de proteção à vítima de violência “Mulher Segura”, eleito entre as dez melhores políticas públicas brasileiras de enfretamento à violência contra a mulher. A iniciativa surgiu devido à necessidade de medidas de auxílio às mulheres que passam por situações de violência, visto que em Três Lagoas, casos de violência doméstica são registrados todos os dias – em média cinco boletins de ocorrência por dia – , conforme dados do 2º Batalhão da Polícia Militar. O projeto tem como foco principal a prevenção, proteção e punição.

O programa, que consiste em ajudar mulheres que tenham sido vítimas de violência, a lidar e superar a situação busca aprofundar a proteção e promover a garantia do direito das mulheres, além de fortalecer a aplicação da Lei Maria da Penha, visando diminuir a violência doméstica através do atendimento diferenciado e humanizado feito pela Polícia Militar às vítimas. Surgiu em 2015, no município de Amambai – distante 572 quilômetros de Três Lagoas – é comandado a nível estadual pelo Major Josafa Dominoni, da Polícia Militar, que foi o percursor da iniciativa no município.

Em Dourados, o programa foi implantado no final de 2015, e é coordenado pelo comandante do 3º Batalhão da PM, tenente-coronel Carlos Silva, até agora já atendeu mais de 80 mulheres vítimas de violência. “O atendimento consiste em visitas nas casas das vítimas, ligações telefônicas, tudo para saber se o agressor realmente não voltou a violentar a vítima, e ela está segura”, explicou a Cabo da PM de Dourados, Gleice Aguilar dos Santos – ativista pela causa das lutas da mulher e titular do Conselho da Mulher – que junto com o Sargento Leandro Correa Barbosa, foram a equipe de organização coordenada pelo major. “Juntos levamos palestras sobre a Lei Maria da Penha e sobre empoderamento da mulher nas instituições e empresas, além de capacitarmos novas equipes”, disse.

Esse é o caso da aspirante Ana Karla Oliveira Veiga, do 2º BTPM de Três Lagoas, que deve ir para Dourados receber capacitação, assim que as parcerias entre os órgãos públicos forem firmadas, segundo o comandante tenente-coronel James Magno Morais Silveira. “É um projeto que envolve outros órgãos como Delegacia da Mulher, Promotoria, Defensoria, Ministério Público”, explicou a aspirante.

O treinamento não é feito por toda corporação, apenas pelo efetivo escolhido para o programa. O Mulher Segura passou, também, a integrar a Casoteca do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, figurando como referência de modelo de iniciativa para os demais órgãos de segurança pública do país.

Fonte: Expressão Ms , Abril de 2017

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