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CCZ de TL acredita que proibir eutanásia em cães com leishmaniose não é a saída

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O coordenador do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Três Lagoas, Christovam Tabox Bazan, acredita que o tratamento em cães com leishmaniose dever ser mais analisado antes de se pensar em proibir a eutanásia. A posição do coordenador, que também é médico veterinário, tem como base a ação protocolada na Justiça pelo Ministério Público Estadual em que sugere que seja proibida a eutanásia nos animais doentes, assim como aconteceu em Campo Grande.

Conforme Bazan, hoje, o tratamento em animais com leishmaniose é proibido pelo Ministério da Saúde e pelo CMV (Conselho de Médicos Veterinários) por ainda não ter sido provada sua eficácia. “Como poderíamos suspender a eutanásia sem poder tratar esses animais?”, questionou.

Ele disse ainda que apesar da proibição, muitos médicos veterinários da cidade oferecem o tratamento, porém, ele é caro e nem todo mundo tem condições de arcar com a despesa que passam a ser contínuas. O tratamento minimiza os sintomas da doença, porém, ela não tem cura e ainda não foi provado que durante esse período em que o animal toma medicamentos a transmissão deixa de acontecer.

Na opinião do coordenador, a melhor alternativa no momento seria realizar trabalhos intensificados de conscientização, para que a população mude de comportamento e mantenha os quintais e terrenos sempre limpos. “Enquanto o mosquito continuar encontrando hospedeiros não conseguiremos vencer a doença”, destacou.

Bazan teme ainda que os animais com a doença passem a ser abandonados na rua, pois a maioria das pessoas que descobre que o cão tem leishmaniose não o quer mais, por medo de contrair a doença, mas principalmente por não ter dinheiro para tratar. “Se não pudermos mais fazer a eutanásia, eu acredito que um novo problema de saúde será instalado, o de abandono de cães nas ruas”, completou.

Apesar de a Justiça ter determinado que animais não sejam mais sacrificados em Campo Grande, a prática continua, pois Administração Pública alegou que ainda não foi notificada.

Fonte: Expressão MS

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