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Passagem de ramal do MS gás embaixo do Sucuriú ficaria em R$60 milhões

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A previsão de término da obra que levará o ramal de distribuição de gás natural da MS Gás para Eldorado Brasil é em agosto. De acordo com o presidente da MS Gás Rudel Espíndola Junior, 90% da obra já estaria concluída, mas aguarda reparações técnicas exigidas pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte) para a viabilização do projeto, faltando alguns quilômetros referentes a transposição do Rio Sucuriú.

Entretanto, problemas para que o projeto não se torne inviável vão além da estrutura. A obra foi orçada e licitada em R$ 33 milhões, mas de acordo com o Presidente da companhia, o projeto incluindo a transposição do duto por baixo do rio Sucuriú foi orçado em R$ 60 milhões, que conclui os 42 km de ramal, valor considerado “caro demais”, conforme o DNIT.
“Realmente o projeto previa a passagem do Ramal por debaixo do rio Sucuriú, mas tanto a MS Gás, quanto a empresa licitada CMT engenharia, consideraram tecnicamente inviável, pela necessidade de serem perfuradas algumas rochas, e, portanto, um custo excessivamente alto”, comentou o engenheiro do DNIT, Milton Rocha Marinho.

Segundo apurado pelo ExpressãoMS, para dar seguimento a obra, a MS Gás teria tentado inclusive uma parceria com a Eldorado Brasil, para custeio do projeto, e por sua vez a empresa não teria aceitado, levando em consideração que ela seria uma cliente, ou seja; além de comprar o gás, não teria recursos disponíveis para esse investimento extra.

Sobre o assunto, a Eldorado afirma que tem interesse em utilizar o produto e que seu contrato com a companhia prevê a chegada 140.000 m³/dia do gasoduto, mas como este é um projeto da MS Gás, portanto, a Eldorado não deve se pronunciar em assuntos referentes à obra, investimentos, linha de financiamento e outros temas relacionados. “O projeto foi iniciado para que a Eldorado passe a comprar gás natural da empresa, deixando de usar óleo combustível 1A (Combustível Fóssil) em seu forno de cal, o que tornaria a produção mais sustentável”, afirmou a Eldorado em nota ao ExpressãoMS por meio de assessoria.

Posterior a identificação desses problemas, nos últimos dias, a MS Gás esteve com Marinho, engenheiro do DNIT, e a companhia sugeriu que o sistema de duto utilizasse a ponte que liga Três Lagoas a Selvíria como estrutura. Por sua vez, o Departamento de Infraestrutura quer garantias de que essa é uma obra segura, pois a implantação do ramal já foi iniciada ao longo da BR-158. Entretanto, para chegar até a fábrica de celulose precisa transpor o rio. Marinho aponta que o DNIT quer a garantia de segurança à população e ao meio ambiente.

De acordo com Espíndola, presidente da MS Gás, entrevistado pelo ExpressãoMS no dia 5 de março, a companhia teria 40 dias para entregar por escrito uma documentação que prove a segurança e viabilidade do projeto da passagem do duto de gás natural utilizando as estruturas da ponte. Caso não consiga comprovar com dados concretos a viabilidade e segurança do projeto, a MS Gás terá dificuldade para concluir a obra que pode se tornar mais um elefante branco lançado no último ano do ex-governador André Puccinelli (PMDB), como é o caso do Aquário do Pantanal que já consumiu mais de 100% do valor originalmente lançado, e ainda necessita de mais de R$ 80 milhões para sua conclusão.

Fonte: Expressão ms

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