A empresa de celulose, Fibria, informou, por meio de nota, que apesar de seus trabalhadores terem rejeitado o reajuste de 7% no salário a proposta “é adequada diante do cenário econômico nacional e internacional do setor, contemplando aumento real de salário e ajuste de benefícios”. A empresa informou ainda que seguirá cumprindo todas as etapas do processo e tem a expectativa que o resultado final atenda aos anseios das partes envolvidas.
Na manhã de hoje foi realizada uma assembleia em frente a Fibria, na BR-158, saída de Três Lagoas para Brasilândia, para a votação do reajuste proposto pela empresa. Dos 362 funcionários diretos, apenas 117 foram a favor e os demais (245) se mostraram contra e não aceitaram a proposta. Eles reivindicam 8,33% de aumento.
De acordo com Almir Morgão, presidente do Sititrel (Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias de Papel e Celulose), será dado um prazo de 10 dias a Fibria para que ela apresente uma contraproposta. “Se a empresa não atender as nossas expectativas vamos acionar a Justiça do Trabalho e se for preciso poderemos formalizar uma greve”, garantiu.
Na última semana, dia 15, representantes do Sititrel realizaram uma manifestação pacífica em frente a Fibria, por volta das 7h, e bloqueou a entrada dos funcionários diretos e indiretos da empresa. Cerca de 600 trabalhadores conseguiram ter acesso às dependências da empresa por volta das 10h. A produção da fábrica não foi paralisada em 100% por conta de turnos que funcionaram normalmente. Eles reivindicavam aumento no salário.
Na ocasião, a Fibria se posicionou, por meio de nota, e disse que estava em processo de negociação coletiva com o sindicato e que “foi surpreendida pelo bloqueio da entrada de sua unidade em Três Lagoas por veículos ligados ao sindicato, o que impediu e atrasou a entrada dos funcionários”. A empresa informou também que entende que manifestações fazem parte do regime democrático, desde que sejam pacíficas e respeitem o direito de ir e vir do cidadão.
Fonte: Expressão MS.
