Funcionários diretos e indiretos da fábrica de celulose Fibria e da IP (International Paper), que fabrica Chamex, de Três Lagoas estão em frente ao portão, que dá acesso às duas indústrias, em ato de protesto por melhores salários. Representantes do Sititrel (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose) estão acompanhando os trabalhadores e garantiram que a manifestação é pacífica e deve durar a manhã toda. O sindicato estima que pelo menos 600 trabalhadores estão em frente aos portões.
De acordo com Almir Morgão, presidente do Sintitrel, os funcionários reivindicam 10,3% de aumento salarial, porém, as empresas oferecem 7%. Eles alegam que já havia tentado negociar com as empresas, porém, sem êxito. Ele não descarta a possibilidade de formalizar uma greve, se as empresas não negociarem o percentual exigido pela classe.
Um grupo de trabalhadores, acompanhado do Sititrel, bloqueou a entrada das empresas para que ninguém entrasse. A maioria dos funcionários permanece nos ônibus e carros de pequeno porte. A paralisação resulta em congestionamento dos veículos que transportam os trabalhadores todos os dias à fábrica, que fica a 20 km de Três Lagoas, na saída para Brasilândia. A produção das fábricas não foram paralisadas em 100% por conta de turnos que funcionam normalmente.
Em operação desde 2009 em Três Lagoas, a IP fabrica até 140 resmas de papel Chamex por minuto. Já a Fibria possui capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose. Elas foram umas das responsáveis pelo início do aquecimento econômico a qual a cidade passa até os dias de hoje.
A IP e a Fibria ainda não se posicionaram quanto a manifestação de seus funcionários.
Fonte:Expressão MS
