Ainda em processo de aprovação pela receita federal, o Porto Seco de Três Lagoas – EADI (Estação Aduaneira do Interior), é tema de discussão no setor econômico regional, pois deve potenciar a logística local no sentido de diminuir custos para a indústria, entretanto será mais utilizada para empresas que precisam importar insumos para fabricação de seus produtos.
Com o desenvolvimento industrial, 87% da importação têxtil do Estado é destinada a Três Lagoas. Desses 70% são fios têxteis como matéria prima, 15% malha, 10% fios diversos e 5% cama, mesa e banho.
Segundo aponta o diretor de logística Diógenes Marques, a grande concentração de indústrias voltadas ao segmento de têxtil em Três Lagoas para transformação ocasionou essa demanda no município. Estes produtos são direcionados as empresas em operação no distrito industrial, como a Avanti, Adar, Corttex, Fatex, TNG, entre outras.
Não apenas o setor têxtil é um destaque em importação, 83% do que a siderurgia importa com os laminados de ferro ou aço, não ligados, fios de maquina, maquinários também representam o cenário de Três Lagoas, fazendo parte do grupo de município que importa 89% de produtos voltados à siderurgia no Estado como Campo Grande, Aparecida do Taboado e Bataguassu.
A Sitrel deve compensar o mercado de importação, estabilizando o volume. A importação de componentes não produzidos pelo mercado nacional deve continuar alta.
Além disso, 90% dos metais como cobre, zinco, peças ou maquinas de importação do estado são para Três Lagoas e Nova Andradina para empresas como Metalfio, Brascoper e Cobrecon.
Esses dados segundo o diretor são algumas das provas sobre a necessidade de instalação do porto seco em Três Lagoas, pois a demanda dessas empresas podem chegar e serem distribuídas a partir dessa alfandega, o que baixa o custo desse empresário e agrega para Três Lagoas. “Ainda faltam os valores de importação da Fertilizantes, que ainda em obras, não sabemos o volume que importarão por exemplo de potássio, que é essencial para a fabricação de ureia”, comenta.
Em relação a exportação o diretor explica que o volume de exportação das gigantes da celulose por exemplo são muito grandes e não precisam passar pelo porto seco, porque são enviados ao porto em grandes concentrações com apenas uma nota para facilitar a logística.
Fonte: Expressão MS
