O setor imobiliário de Três Lagoas teve um considerável desenvolvimento há 10 anos, consequência do crescimento industrial no município. Atualmente, muitos imóveis estão desocupados, mas a ampliação das indústrias tem esquentado os ânimos das imobiliárias e da população, que já sentiu o gostinho do aquecimento econômico causado pelas empresas que já chegaram e por aquelas que ainda estão para chegar.
NO INÍCIO
Desde 2006, quando a VCP (Votorantim Celulose e Papel) anunciou a troca de ativos com a International Paper, Três Lagoas nunca mais parou de crescer e entrou para a história como a “Capital da Celulose”. A cidade atraiu outros grandes investimentos e de lá para cá só cresceu em todos os setores.
Na época, muitos três-lagoenses que tinham seus capitais investidos em poupança ou gado começaram a enxergar um mercado imobiliário promissor, lucrativo e rentável; consequentemente houve um aumento considerável no número de imóveis para locação e venda.
O mesmo aconteceu com investidores de outras regiões, que foram atraídos pelas notícias que circularam na mídia nacional, relatando o “boom” que aconteceu no município, no interior do Estado.
Começaram a surgir vários loteamentos e condomínios fechados; num efeito cascata, a partir de então houve aumento na geração de renda o que atraiu outros novos investimentos.
HOJE
Atualmente é possível observar uma grande quantidade de imóveis disponíveis para locação e com a obra da segunda unidade da Fibria, novos imigrantes devem chegar e ocupar as casas que estão há algum tempo vazias.
A reportagem do Hojemais conversou com Sandra Oliveira Lima, empresária do ramo imobiliário; ela explicou que o crescimento no número de indústrias em Três Lagoas fez com que o município se adaptasse rapidamente à grande quantidade de pessoas que vieram para cá.
“Alguns dos motivos desta expansão são: a localização estratégica, o potencial hídrico, os incentivos fiscais e tributários e a falta de sindicatos. Muitas empresas instalaram aqui suas fábricas; hoje temos um distrito industrial atuante. A grande maioria das pessoas que investiram em algo em Três Lagoas obteve sucesso”, relatou Sandra.
Ela afirma que comparando com algumas cidades pequenas, Três Lagoas viveu uma era de desenvolvimento e expansão econômica, gerou oportunidades de negócio, emprego, abriu novas frentes profissionais, oferecendo até mesmo qualidade de vida aos visitantes.
MERCADO IMOBILIÁRIO VIVE NOVA FASE
“Tudo isso nos deixou ‘bem acostumados’, apesar de muitos dizerem ‘mal acostumados’; digo que se acostumar ao que é bom é fácil – difícil é se acostumar à vida que temos que levar hoje, onde os custos e as taxas de juros só têm aumentado; se as nossas contas mensais não fecham no vermelho é porque possuímos uma reserva”, refletiu.
Sandra disse ainda que apesar de o mercado imobiliário passar por dificuldades atualmente, ele vivencia uma fase nova: ao mesmo tempo em que os imóveis são devolvidos pelas pessoas que estão indo embora, os mesmos estão sendo alugados por pessoas que estão chegando à cidade.
PERSPECTIVA
Como empresária, ela aposta na ampliação da fábrica de celulose; a perspectiva de crescimento para a cidade é bem favorável. “A necessidade de mão-de-obra especializada faz com que as empresas contratadas transfiram muitos de seus funcionários e contratem uma quantidade menor de pessoas da cidade; assim, os imóveis que estão vazios serão alugados”.
Fonte: Hoje Mais
