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Há quase meio século em TL, banda marcial ainda sofre com poucos instrumentos

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Fundada em 1º de outubro de 1967, por Átila Rodrigues falcão e pelo Maestro Vanderley Monteiro, a Banda Marcial Cristo Redentor, completa 50 anos em 2017, e nesses anos, muitas vidas foram transformadas e histórias podem ser contadas através da música. O objetivo do programa, é proporcionar às crianças e adolescentes a oportunidade de trabalhar a convivência em grupo, assim como possibilitar maior contato com a arte musical.

A frente da regência há quase 21 anos – desde junho de 1996 – o Maestro Luiz Carlos Reliquias da Silva, e coordenador do projeto desde novembro de 2010, sente-se privilegiado por ver fazer parte da vida de tantos alunos. Ele, que começou como música da banda, aos 15 anos, parou para servir ao Exército Brasileiro, mas depois voltou e se tornou professor, vê em cada aluno uma história de superação e amizade, já que a banda, segundo ele, é a segunda família de todos os integrantes.

Em junho de 1996, o maestro recebeu o convite da administração municipal para assumir a regência da banda. Todos os troféus que a banda tem atualmente vieram depois que Luiz Carlos, assumiu. “Todos os troféus que vieram antes da minha gestão se perderam porque o antigo prédio da banda acabou abandonado depois que o antigo coordenador foi embora. Muitos depredaram o local, roubaram instrumentos e troféus”, explicou.

São 10 títulos nacionais, cerca de 12 títulos estaduais, inúmeros 2º, 3º e 4º lugar em competições. Existem várias competições nacionais durante o ano, dessas, seis troféus foram conquistados em apresentações promovidas pela Confederação Nacional de Banda e Fanfarras (CNBF). Maestro Reliquias, explicou que a confederação funciona como a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para o futebol. “Todo ano é organizado um concurso da CNBF, no entanto, os estados e municípios, também realizam concursos a nível nacional, o que diferencia é o reconhecimento da confederação. Por seis veze, nós fomos campeões nacionais em Campo Grande”, lembrou.

A maior dificuldade, segundo Reliquias, é a manutenção dos instrumentos musicais, que ‘ainda não são suficientes para todos os alunos, e como se deterioram com o tempo e manuseio, já que são muito usados, precisam ser renovados com frequência, mas ainda assim, as reposições deixaram a desejar por parte das gestões passadas’.

“Pegamos a banda sucateada. Não tínhamos instrumentos para ensaiar, ficávamos até tarde da noite soldando eles, recorríamos a prefeitura de outros municípios em busca de aparelhos que também estavam velhos, para consertar e poder usar depois. Em 1998, quando entramos na administração do então prefeito, Issami Fares, ganhamos novos instrumentos, fardamentos e tivemos algumas melhorias, mas foi em 2004 que pudemos comprar uma grande remessa de instrumentos, e contratar professores para atender nossa crianças e adolescentes. Antes tínhamos apenas o maestro”.

A banda marcial, há tempos buscava títulos nacionais e estaduais, no entanto, devido à falta de instrumentos, e profissionais para atender as suas necessidades, esses sonhos eram roubados por equipes de outros municípios. As viagens para as competições são feitas com dois ônibus, vans e caminhões, e levam em média 120 alunos.

Atualmente são oito professores, contando com o maestro, que dão aula de trompete, trombone, dança, percussão, entre outras modalidades. Além disso, o projeto C.R, conta com o acompanhamento de uma pedagoga, professora e estagiário – que auxilia os alunos com as tarefas escolares que levam para casa. Do tempo que passam lá, os alunos dedicam 1h para estudar e fazer tarefas escolares. “Antes de assumirmos a banda, era difícil ver alunos que completavam o ensino médio. Depois de colocarmos em prática esse incentivo em relação às coisas da escola, hoje muitos cursam ensino superior! “.

O maestro contou que dos professores da instituição, apenas um não foi aluno da C.R, quando criança. Hoje são quase 200 alunos, formados e não formados, divididos nos períodos matutino e vespertino. Para matrículas de manhã, ainda há aproximadamente 10 vagas. Crianças a partir dos 11 anos de idade podem procurar a sede da banda – rua Maria Guilhermina Esteves, 537, bairro Santa Terezinha, onde funcionava o antigo batalhão da Polícia Militar Ambiental – acompanhado dos pais. A idade máxima permitida para aprender é até os 16 anos. No entanto, aqueles que sabem tocar algum instrumento, podem se inscrever.

Luiz Carlos, lembra do primeiro título conquistado em 2004, no município de Taubaté (SP). “Era uma banda de Campo Grande, que há muito tempo nos impedia de conquistar o título, mas depois de muito treino e dedicação, nós finalmente conseguimos vencê-los. Incentivar essas crianças é minha alegria. Quantas pessoas nunca receberam parabéns, ou palmas, e aqui, nas nossas competições, nós podemos proporcionar momentos assim para eles”, disse.

Alguns dos títulos da Banda Marcial Cristo Redentor: Tricampeã Nacional de Bandas e Fanfarras no Concurso da Rádio Record; Heptacampeã Estadual de Bandas e Fanfarras, do estado de Mato Grosso do Sul; Campeã Nacional do Concurso na Cidade de Goiânia, e outros.

Na manhã de terça-feira (31), o prefeito Angelo Guerreiro visitou a C.R, e conheceu algumas das dificuldades que precisam ser reparadas. De acordo com o coordenador, o Guerreiro já sinalizou interesse sobre a banda e pediu que fosse feito um orçamento, para compra de mais instrumentos. Dia 8 de fevereiro a banda Marcial Cristo Redentor irá se apresentar em Água Clara, no aniversário do município.

Fonte: Expressão MS

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